Os seres humanos sempre foram fascinados pela vida selvagem, mas ela sempre dá ainda mais motivos para nos surpreender. Uma justificativa? Os animais mais raros do mundo.

Existem muitos bichos raros que você jamais ouviu falar ou nunca esperou ver em sua vida. Até os que você acha que já conhece, eles, muitas vezes, causam surpresas, apresentando-se com cores ou formas incomuns.

E aí, você saberia nos dizer quais são os animais mais raros do mundo? Se não, então chegou a sua hora de descobrir! Abaixo, você acompanha uma lista com dez animais fascinantes e incríveis de todo o planeta!

Começando a nossa lista de animais mais raros do mundo, temos o leopardo-de-amur, também conhecido como leopardo-siberiano. Trata-se de uma subespécie de leopardo, a qual habita na região de Primorye, da Rússia.

Além disso, ele também aparece em algumas regiões da China que fazem fronteira com o território russo. Em 2018, um artigo da revista científica Conservation Letters noticiou que restavam apenas 84 exemplares em estado selvagem.

Não à toa, a União Internacional para a Conservação da Natureza considerou crítica a ameaça de extinção desta espécie. A principal razão que colocou os leopardos-de-amur nesta situação foi a degradação de seu habitat natural.

Isto é, por consequência da exploração de madeira, da agricultura e de incêndios florestais. Além disso, este animal brilhante e ativo é alvo de caça ilegal pelo valor de sua pele.

Conhecido por ser parte da menor das espécies de rinocerontes e o que tem mais características primitivas, o rinoceronte-de-sumatra é uma das cinco espécies viventes da família Rhinocerotidae.

Originalmente habitando pelo sudeste asiático, é frequente alvo de caça em parte da sua área geográfica, o que faz restar apenas pequenas populações isoladas na Indonésia, cerca de 80 animais apenas.

Assim como o leopardo-de-amur, o rinoceronte-de-sumatra tem sido alvo de caçadores para o comércio ilegal, principalmente por conta do alto valor de seus cornos, os quais são muito valorizados na medicina tradicional chinesa.

Além disso, a perda do seu habitat para a agricultura, pecuária e indústria madeireira também agravou a ameaça à espécie, que está em estado absolutamente crítico para a preservação dos rinocerontes.

O Gorila da planície ocidental, cujo nome científico é Gorilla gorilla gorilla é uma subespécie do gorila-do-ocidente Gorilla gorilla. Considerado um dos animais mais raros do mundo, ele vive em florestas primárias e secundárias.

Além disso, também está presente em pântanos da planície, na África Central, em Angola, Camarões, República do Congo, Guiné Equatorial e Gabão.

Pesquisas realizadas desde a década de 1980 sugerem que a caça comercial e os surtos do vírus Ebola estão por trás da queda do número das espécies deste gorila na África. Com as últimas epidemias, o número pode ter caído mais.

Todavia, felizmente, o Zoológico de Cincinnati, nos Estados Unidos, está trabalhando duro para reverter esta situação. Nele, há cerca de 550 indivíduos da espécie na sua unidade de conservação, liderando os nascimentos em cativeiro.

Você já pensou na possibilidade de um rato configurar a lista dos animais mais raros do mundo? Pois é! O rato-pigmeu de montanha, também é conhecido como gambá do pigmeu da montanha.

Com cerca de 45 gramas, ele é um pequeno animal noturno e onívoro que vive de uma dieta de invertebrados, frutos, sementes, néctar e pólen. Além disso, vive em ambientes frios e montanhosos do sul da Austrália.

Inclusive, é justamente pela característica de seu habitat que estes animais estão sumindo. Isto porque a construção de resorts de esqui nas regiões alpinas da Austrália tem sido um dos maiores fatores atribuídos ao declínio da população.

Inclusive, desde 2008, o rato-pigmeu de montanha foi incluído na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) como criticamente em perigo.

As estimativas populacionais totalizaram que há menos de 2 mil indivíduos da espécie.

O crocodilo-filipino, também conhecido como crocodilo Mindoro ou crocodilo de água doce filipinos, é uma espécie de crocodilo comum nas Filipinas, mas que está severamente ameaçada.

Isto porque o seu território, o qual ocupa os rios filipinos, vem sendo destruído e convertido em plantações de arroz, acarretando, por conseguinte, em sua imensa perda populacional.

Dentre os animais da mesma espécie, esse crocodilo tem tamanho médio: os machos geralmente não crescem mais do que cerca de 3 metros, enquanto as fêmeas são ainda menores.

Também conhecido como adax, o antílope branco é um mamífero artiodáctilo da família dos bovídeos e vive espalhado pelas regiões desérticas no norte da África, do oceano Atlântico ao rio Nilo.

Atualmente, está apenas na parte nigeriana do deserto do Saara, mas habita por toda a África.

Embora os antílopes brancos se adaptem bem no seu habitat desértico, podendo viver sem água durante longos períodos de tempo, eles se encontram em grande risco de extinção.

Cientistas estimam que apenas 300 indivíduos selvagens desta espécie ainda existam nos dias de hoje. Não à toa, eles estão na nossa lista dos animais mais raros do mundo.

Mas nem tudo é notícia ruim! O zoológico de Brasília, no Brasil, divulgou que conseguiu montar um banco genético de genes de animais mamíferos, o maior da América Latina.

Neste banco, têm-se o sêmen e embriões de mamíferos, incluindo dos antílopes brancos, para futura perpetuação das espécies.

Encontrado apenas na ilha de Sumatra, na Indonésia, o orangotango-de-sumatra de nome científico Pongo abelii faz parte da espécie mais rara de orangotango dentre as três existentes.

Ao todo, há somente cerca de 7300 indivíduos em estado selvagem. E, nos últimos 75 anos, o número total da população de orangotangos-de-sumatra caiu em cerca de 80%.

O principal motivo para o seu declínio é por conta da exploração madeireira em seu habitat. Ou seja, mais uma vez o ser humano destruindo o habitat alheio e deixando graves consequências para o reino animal.

O íbis-eremita é uma espécie de ave migratória da família Threskiornithidae. Achado em habitats semidesérticos ou rochosos, geralmente perto de rios, já habitou todo o Oriente Médio, norte da África, sul e centro da Europa.

Inclusive, tem um registro fóssil que remonta pelo menos 1,8 milhão de anos. E, sabia que, há mais de 300 anos, esta espécie desapareceu da Europa e foi considerada como extinta?

Mas, ela foi redescoberta no deserto sírio perto de Palmyra em 2002. Hoje, os cientistas estimam que existam cerca de 500 aves selvagens restantes no sul de Marrocos e menos de 10 na Síria.

Há várias razões para a queda no número de indivíduos, mas a caça e diminuição do habitat, além de intoxicação por agrotóxicos, podem ser as principais.

Para combater esse declínio, programas de reintrodução foram instituídos internacionalmente, com uma colônia de reprodução na Turquia, bem como locais na Áustria, Espanha e norte de Marrocos.

Mesmo assim, enquanto espécie migratória, a íbis-eremita ainda está extinta. Para reaprenderem a migrar, um ultraleve está sendo usado para guiá-las na esperança de, mais tarde, serem autônomas.

Pois o segundo lugar dos animais mais raros do mundo é o da doninha-de-patas-pretas, também conhecida como toirão-americano ou furão-do-pé-preto. É uma espécie de mustelídeo nativa do centro de América do Norte.

Além disso, está listada como em perigo pela IUCN justamente por correr risco de extinção. Descoberta em 1851, a doninha-de-patas-pretas entrou em declínio populacional ao longo do século XX devido à peste silvestre.

Com isto, em 1979, foi declarada extinta, mas felizmente sua existência foi redescoberta quando um cão de guarda de uma família norte-americana criadora de gado encontrou um animal morto em 1981.

Mas, depois deste caso, a restante e diminuta população das doninhas-de-patas-pretas foi protegida por um programa de procriação em cativeiro.

Então, foi possível a sua reintrodução em oito estados dos Estados Unidos, além do no México, de 1991 a 2008. Até 2013, existiam em torno de 500 doninhas em ambiente selvagem e 300 em cativeiro.

Assim, atualmente, graças ao trabalho de programas de conservação, atualmente são mais de 1000 indivíduos adultos nascidos em estado selvagem, perfazendo cerca de 18 populações.

Mas dentre elas, quatro são populações auto-sustentadas e estão localizadas no território estadunidense, mais especificadamente na Dakota do Sul (duas), Arizona e Wyoming.

Também chamada de “lobo-de-rio”, que caça em matilhas, a ariranha é um mamífero mustelídeo, característico do Pantanal e da bacia do Rio Amazonas, na América do Sul.

Pois é, o número 1 da nossa lista de animais mais raros do mundo é típico do nosso Brasil. A ariranha, à uma primeira vista, até parece fofa, mas ela tem comportamentos assustadores.

Pois, como falamos, este animal caça em matilhas e o grupo consegue enfrentar até animais maiores, como panteras. Por exemplo, se uma sucuri der sopa, as ariranhas usam uma técnica descrita por biólogos como “cabo de guerra”.

Assim, isto significa que elas esticam a cobra até os órgãos internos se romperem. Mas, infelizmente, assim como no resto do mundo, o Brasil não está cuidando bem do seu bioma e, por conta disto, a ariranha está em perigo.

Isso porque a principal ameaça à sua sobrevivência é o desmatamento e a destruição do seu habitat. E assim encerramos a nossa lista de animais mais raros do mundo. E aí, gostou?

Mas, se quiser saber mais, confira a seguir nossa lista dos animais brasileiros em risco de extinção! Fizemos uma seleção com dez bichos, então acesse a seguir!